terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Desconhecido (conteúdo para +18)

Desconhecido...

Àquele dia cismei que tinha que ir trabalhar de vestido, já estava enjoada das minhas roupas de todo dia, calça jeans ou não e blusa social, coloquei o longo, longo de mais, eu sou baixa e ainda não tinha mandado fazer bainha naquele vestido, experimentei pela segunda vez um mais curto, preto, comprimento até o joelho, bem, atrás ficava um pouco mais curto por causa da bunda, mas não estava indecente, não marcava curvas, era soltinho e quase não tinha decote. Este foi o escolhido, coloquei os aparatos, brincos, cordão,  pulseira, olhei para as minhas unhas, que horror toda descascada, pensei em passar uma acetona, mas não tinha mais tempo, já estava em cima da hora. Dei um beijo, no meu filho e saí.
Chegando à estação, que sorte, o trem estava chegando, entrei no primeiro vagão, estava cheio, como sempre, me empurraram para dentro do trem, quando vi estava de frente para um moreno tatuado, acredite se quiser, cheiroso, arrisco Horus da natura,  meus seios encostando no tórax dele, porque óbvio que ele era mais alto que eu,  próxima parada, fiquei estática, não conseguia nem me mexer e fiquei ainda mais colada naquele moreno com cavanhaque sem vergonha, fiz como de costume fechei os olhos porque tenho uma mania feia de prestar atenção na conversa dos outros, então tentei pegar meu fone de ouvido, para me distrair, em vão, não consegui levantar o braço, quem dirá mexer no bolsinho da mochila que eu segurava para baixo. Eu não conseguia me mexer.
Quem anda de trem no Rio de janeiro sabe que às vezes, por motivo nenhum ele fica parado entre uma estação e outra, durante longos minutos. E ali estava eu, durante longos minutos com o corpo colado num desconhecido e pior eu estava gostando, de repente o desconhecido, não sei como ele conseguiu, se mexeu, eu estava sentindo uma protuberância encostando em mim, assustei-me, ele não estava fazendo nenhum movimento brusco, roçando nem nada, era só o volume (e que volume!), não resisti e olhei para ele meio por cima dos óculos e o moreno retribuiu o olhar mordiscando o lábio inferior, acho que qualquer mulher normal teria se ofendido , talvez até gritasse “tarado”, mas eu não, eu estava gostando da brincadeira, e esbocei um sorriso de canto, meio Monalisa. Parece que ele entendeu como um, “prossiga”, o trem ainda estava parado, ele trouxe a mochila dele que estava para o lado do corpo e colocou-a no meio das pernas ao fazer isso ele subiu a mão dele por entre as minhas pernas e começou a me tocar, eu quase dei um pulo de susto, sinceramente não esperava, ele começou com movimentos leves e evoluía, eu estava ficando excitada, mas o rosto não esboçava nenhuma reação, o meu e o dele, às vezes eu bufava, ele entendeu que não era de tédio, dava para sentir que não era e ele continuava e foi ainda mais ousado, afastou a calcinha para o lado e enfiou dois dedos, àquela altura, eu já estava bem molhada, não estava mais raciocinando, então ele parou e quando me dei conta, tínhamos chegado no maracanã, desce muita gente nesta estação. Comportamo-nos, tinha mais espaço no vagão, então eu me posicionei em frente aos bancos e ele ficou do meu lado, não quis ir para trás para ficar roçando, acho que ele queria me ver melhor, sei lá, olhou-me de cima até em baixo, deu aquele sorriso de canto e sacudiu a cabeça, chegando à estação de São Cristóvão, suspirou no meu ouvido,  “- vem comigo” e quase no mesmo momento segurou minha mão e me puxou para fora do vagão, junto com a multidão que desceu, fazer o quê? Eu queria e não consegui esconder, olhei para ele e sorri também sacudindo a cabeça, ele nem dava tempo para eu pensar, andamos juntos em direção à saída, no meio do percurso, ele me puxou pelo braço colocou novamente meu corpo de frente para o dele como estávamos no trem, disse “ – gosto assim” e me beijou, era um daqueles beijos que te deixam meio tonta, o cheiro do perfume dele me extasiava e o gosto de café nos seus lábios eram perfeitos!            
Seguimos para fora da estação, não conhecia aquelas ruas, mas era próximo da quinta Boa Vista, local meio deserto, encostamos em um carro qualquer que estava ali parado. Fiquei rezando para não tocar nenhum alarme! Parecíamos dois adolescentes se beijando em porta de colégio, eu estava nervosa, mas excitada , não sabia o que aconteceria, o que aquele cara que eu acabara de não conhecer queria de mim e pior eu estava aceitando. As mãos dele percorriam meu corpo inteiro não era veloz, era firme e intenso, como se tivesse descobrindo cada parte do meu corpo, beijou meu pescoço e foi meio que escorregando, colocando a mão por debaixo do meu vestido puxou a minha calcinha de uma vez só, me colocou em cima do carro e começou a me chupar, sem rodeios, parecia que ele tava gostando muito de fazer aquilo, como se ele próprio estivesse recebendo a carícia, não conseguia me controlar, estava cravando as unhas nas costas dele e segurando os gritos de prazer que queriam sair, era muita adrenalina envolvida, na rua com medo de passar alguém, eu ali com um estranho e gostando de estar ali sem saber inclusive se estaria viva na próxima hora para contar isto a alguém, e com tudo isso muito prazer envolvido, estava toda molhada, as pernas já bambas ele levantou e já estava com o pau pra fora da calça, um pau lindo diga-se de passagem e pronto é claro! Entendi o que ele queria e eu também queria, trocamos de lugar, não demorou muito, ele estava muito excitado, pediu ofegante que eu parasse e me colocou de novo em cima do carro, com as mãos envolvendo minha nuca e com os lábios bem perto dos meus, me pediu: - posso? Não consegui dizer palavra alguma, acenei afirmativamente com a cabeça, e nos beijamos com as minhas pernas envolvidas em seu corpo e ele me comeu ou eu o comi, sei lá! Sei que estava bom, não queria que acabasse, era uma energia envolvida, que eu jamais tinha vivido, como se déssemos choque, dançamos quase que parados, ele alternava a velocidade, ora forte , ora bem devagar e ora rebolava como que querendo me explorar por dentro. Acho que podíamos ficar ali durante um bom tempo ainda. Mas paramos, ofegantes e satisfeitos, com gostinho de quero mais!
Ele devolveu-me a calcinha e disse: - Só não fico de lembrança, porque... vai que você encontra algum tarado, por aí!, deu um sorriso sem vergonha, e começamos a rir, olhando um no olho do outro, ele: - O que você deve estar pensando de mim? Não faço isso sempre, na verdade é a primeira vez! Ele falava meio nervoso e sacudindo a cabeça, parecia arrependido. Eu o segurei e consegui falar alguma coisa: _ Não foi bom? Eu já estava preocupada de nunca mais encontra-lo, nem sabia se ele ia quere me ver novamente, se ele ia me achar fácil ou sei lá o que, foi a única coisa que eu consegui dizer.
- Você é louca!? Depois do que aconteceu aqui, você ainda pergunta se foi bom? Você sentiu do mesmo jeito que eu senti, diz pra mim!?
- Estou confusa, por favor, seja claro, eu também não sou fácil assim, tenho princípios e família, mas você, Pults, me deu prazer como ninguém até agora havia dado, isso não pode ser de mentira, assim, foi real, foi intenso... Daí eu já percebi que estava tagarelando e parei de falar. Olhei pra ele e disse, fala alguma coisa!?
_ Eu quero te ver sim, muitas vezes se você quiser, faz o seguinte, leva o meu celular, que eu te ligo, pra você me devolver. Ah! E não foge de mim não! Tenho uns arquivos muito importantes neste celular, não gostaria de perder, entende? _ Dei um suspiro e um sorriso, ele me beijou e me apertou de novo em seu corpo, senti que ele já estava pronto de novo.
Ele: - Olha o que você faz comigo! Preciso trabalhar! E suspirou. Eu respondi olhando o relógio: -Nossa! Eu também...


                                                                      Nana Magalhães