Desconhecido...
Àquele
dia cismei que tinha que ir trabalhar de vestido, já estava enjoada das minhas
roupas de todo dia, calça jeans ou não e blusa social, coloquei o longo, longo
de mais, eu sou baixa e ainda não tinha mandado fazer bainha naquele vestido, experimentei
pela segunda vez um mais curto, preto, comprimento até o joelho, bem, atrás
ficava um pouco mais curto por causa da bunda, mas não estava indecente, não
marcava curvas, era soltinho e quase não tinha decote. Este foi o escolhido,
coloquei os aparatos, brincos, cordão, pulseira,
olhei para as minhas unhas, que horror toda descascada, pensei em passar uma
acetona, mas não tinha mais tempo, já estava em cima da hora. Dei um beijo, no
meu filho e saí.
Chegando
à estação, que sorte, o trem estava chegando, entrei no primeiro vagão, estava
cheio, como sempre, me empurraram para dentro do trem, quando vi estava de
frente para um moreno tatuado, acredite se quiser, cheiroso, arrisco Horus da
natura, meus seios encostando no tórax
dele, porque óbvio que ele era mais alto que eu, próxima parada, fiquei estática, não conseguia
nem me mexer e fiquei ainda mais colada naquele moreno com cavanhaque sem
vergonha, fiz como de costume fechei os olhos porque tenho uma mania feia de
prestar atenção na conversa dos outros, então tentei pegar meu fone de ouvido,
para me distrair, em vão, não consegui levantar o braço, quem dirá mexer no
bolsinho da mochila que eu segurava para baixo. Eu não conseguia me mexer.
Quem
anda de trem no Rio de janeiro sabe que às vezes, por motivo nenhum ele fica
parado entre uma estação e outra, durante longos minutos. E ali estava eu,
durante longos minutos com o corpo colado num desconhecido e pior eu estava
gostando, de repente o desconhecido, não sei como ele conseguiu, se mexeu, eu
estava sentindo uma protuberância encostando em mim, assustei-me, ele não
estava fazendo nenhum movimento brusco, roçando nem nada, era só o volume (e
que volume!), não resisti e olhei para ele meio por cima dos óculos e o moreno
retribuiu o olhar mordiscando o lábio inferior, acho que qualquer mulher normal
teria se ofendido , talvez até gritasse “tarado”, mas eu não, eu estava
gostando da brincadeira, e esbocei um sorriso de canto, meio Monalisa. Parece
que ele entendeu como um, “prossiga”, o trem ainda estava parado, ele trouxe a
mochila dele que estava para o lado do corpo e colocou-a no meio das pernas ao
fazer isso ele subiu a mão dele por entre as minhas pernas e começou a me
tocar, eu quase dei um pulo de susto, sinceramente não esperava, ele começou
com movimentos leves e evoluía, eu estava ficando excitada, mas o rosto não
esboçava nenhuma reação, o meu e o dele, às vezes eu bufava, ele entendeu que
não era de tédio, dava para sentir que não era e ele continuava e foi ainda
mais ousado, afastou a calcinha para o lado e enfiou dois dedos, àquela altura,
eu já estava bem molhada, não estava mais raciocinando, então ele parou e
quando me dei conta, tínhamos chegado no maracanã, desce muita gente nesta
estação. Comportamo-nos, tinha mais espaço no vagão, então eu me posicionei em
frente aos bancos e ele ficou do meu lado, não quis ir para trás para ficar
roçando, acho que ele queria me ver melhor, sei lá, olhou-me de cima até em
baixo, deu aquele sorriso de canto e sacudiu a cabeça, chegando à estação de
São Cristóvão, suspirou no meu ouvido,
“- vem comigo” e quase no mesmo momento segurou minha mão e me puxou
para fora do vagão, junto com a multidão que desceu, fazer o quê? Eu queria e
não consegui esconder, olhei para ele e sorri também sacudindo a cabeça, ele
nem dava tempo para eu pensar, andamos juntos em direção à saída, no meio do
percurso, ele me puxou pelo braço colocou novamente meu corpo de frente para o
dele como estávamos no trem, disse “ – gosto assim” e me beijou, era um daqueles
beijos que te deixam meio tonta, o cheiro do perfume dele me extasiava e o
gosto de café nos seus lábios eram perfeitos!
Seguimos
para fora da estação, não conhecia aquelas ruas, mas era próximo da quinta Boa
Vista, local meio deserto, encostamos em um carro qualquer que estava ali
parado. Fiquei rezando para não tocar nenhum alarme! Parecíamos dois
adolescentes se beijando em porta de colégio, eu estava nervosa, mas excitada ,
não sabia o que aconteceria, o que aquele cara que eu acabara de não conhecer
queria de mim e pior eu estava aceitando. As mãos dele percorriam meu corpo
inteiro não era veloz, era firme e intenso, como se tivesse descobrindo cada
parte do meu corpo, beijou meu pescoço e foi meio que escorregando, colocando a
mão por debaixo do meu vestido puxou a minha calcinha de uma vez só, me colocou
em cima do carro e começou a me chupar, sem rodeios, parecia que ele tava
gostando muito de fazer aquilo, como se ele próprio estivesse recebendo a
carícia, não conseguia me controlar, estava cravando as unhas nas costas dele e
segurando os gritos de prazer que queriam sair, era muita adrenalina envolvida,
na rua com medo de passar alguém, eu ali com um estranho e gostando de estar
ali sem saber inclusive se estaria viva na próxima hora para contar isto a
alguém, e com tudo isso muito prazer envolvido, estava toda molhada, as pernas
já bambas ele levantou e já estava com o pau pra fora da calça, um pau lindo
diga-se de passagem e pronto é claro! Entendi o que ele queria e eu também queria,
trocamos de lugar, não demorou muito, ele estava muito excitado, pediu ofegante
que eu parasse e me colocou de novo em cima do carro, com as mãos envolvendo
minha nuca e com os lábios bem perto dos meus, me pediu: - posso? Não consegui
dizer palavra alguma, acenei afirmativamente com a cabeça, e nos beijamos com
as minhas pernas envolvidas em seu corpo e ele me comeu ou eu o comi, sei lá!
Sei que estava bom, não queria que acabasse, era uma energia envolvida, que eu
jamais tinha vivido, como se déssemos choque, dançamos quase que parados, ele
alternava a velocidade, ora forte , ora bem devagar e ora rebolava como que
querendo me explorar por dentro. Acho que podíamos ficar ali durante um bom
tempo ainda. Mas paramos, ofegantes e satisfeitos, com gostinho de quero mais!
Ele
devolveu-me a calcinha e disse: - Só não fico de lembrança, porque... vai que
você encontra algum tarado, por aí!, deu um sorriso sem vergonha, e começamos a
rir, olhando um no olho do outro, ele: - O que você deve estar pensando de mim?
Não faço isso sempre, na verdade é a primeira vez! Ele falava meio nervoso e
sacudindo a cabeça, parecia arrependido. Eu o segurei e consegui falar alguma
coisa: _ Não foi bom? Eu já estava preocupada de nunca mais encontra-lo, nem
sabia se ele ia quere me ver novamente, se ele ia me achar fácil ou sei lá o
que, foi a única coisa que eu consegui dizer.
-
Você é louca!? Depois do que aconteceu aqui, você ainda pergunta se foi bom?
Você sentiu do mesmo jeito que eu senti, diz pra mim!?
-
Estou confusa, por favor, seja claro, eu também não sou fácil assim, tenho
princípios e família, mas você, Pults, me deu prazer como ninguém até agora
havia dado, isso não pode ser de mentira, assim, foi real, foi intenso... Daí
eu já percebi que estava tagarelando e parei de falar. Olhei pra ele e disse,
fala alguma coisa!?
_ Eu
quero te ver sim, muitas vezes se você quiser, faz o seguinte, leva o meu
celular, que eu te ligo, pra você me devolver. Ah! E não foge de mim não! Tenho
uns arquivos muito importantes neste celular, não gostaria de perder, entende?
_ Dei um suspiro e um sorriso, ele me beijou e me apertou de novo em seu corpo,
senti que ele já estava pronto de novo.
Ele: - Olha o que você faz
comigo! Preciso trabalhar! E suspirou. Eu respondi olhando o relógio: -Nossa!
Eu também...
Nana Magalhães