quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Lacunas

Lacunas

Não tem relatos ou culpa ou qualquer sentimento
Que descreva isso, só sei que
os momentos que passamos juntos
Foram puros,
De entrega, de troca
Neles senti, o silêncio preencher lacunas em meus pensamentos
Não fomos obrigados a amar
Não fomos obrigados a doar nada
Não temos que agradar
Apenas sentimos...
A gostosa sensação de estarmos ali               
De olhar nos olhos,
E sorri com teu sorriso
E suspirei com teu carinho ora ingênuo, ora não;
Não requer explicação,
Não requer nada,
São gestos e energias
É só o presente, sem passado e sem futuro talvez
O êxtase do momento, sem cumprir os protocolos
Me diga o que quiser e eu te direi também uma coisa qualquer
Mas se não quiser, tudo bem, apenas preencha meu tempo
Com a sua energia silenciosa, misteriosa
E quem sabe... talvez repetiremos,
Conversas sem palavras.


Nana Magalhães          

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Paixão Platônica

Paixão Platônica

O que posso dizer ou melhor escrever de alguém que conheço tão pouco,
Sei que meu coração bate mais forte quando penso em você
E eu sei lá porque!
Sei que fico louca pra te ver todo dia
Se que quando ouço falar teu nome, eu sorrio.
Sei que tenho pensamentos insanos com você;
Sei que não sei também o que dizer quando estamos perto,
Sei que tenho medo de você não me querer
De não fazer seu tipo, de você nunca me notar
Ou de notar e desdenhar, sei lá.
Tenho medo tal qual uma adolescente “platônica”
E podes crer, eu si o que é isso!
Mas... como eu queria que fosse real,
Que o beijo combinasse
Que o abraço encaixasse,
Que a conversa rolasse naturalmente,
Que descobríssemos que gostamos dos mesmas músicas ou estilos
Que descobríssemos um ritmo só nosso,
Que ríssemos de qualquer bobeira,
Que  descobríssemos, que a noite é curta em nossa companhia;
 Ah! como eu queria ver além de teus olhos cor de mel
 E sentir o seu doce e até o seu amargo, e combinar sabores e desejos
Como eu queria ter coragem pra dizer...



Nana Magalhães

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Desconhecido (conteúdo para +18)

Desconhecido...

Àquele dia cismei que tinha que ir trabalhar de vestido, já estava enjoada das minhas roupas de todo dia, calça jeans ou não e blusa social, coloquei o longo, longo de mais, eu sou baixa e ainda não tinha mandado fazer bainha naquele vestido, experimentei pela segunda vez um mais curto, preto, comprimento até o joelho, bem, atrás ficava um pouco mais curto por causa da bunda, mas não estava indecente, não marcava curvas, era soltinho e quase não tinha decote. Este foi o escolhido, coloquei os aparatos, brincos, cordão,  pulseira, olhei para as minhas unhas, que horror toda descascada, pensei em passar uma acetona, mas não tinha mais tempo, já estava em cima da hora. Dei um beijo, no meu filho e saí.
Chegando à estação, que sorte, o trem estava chegando, entrei no primeiro vagão, estava cheio, como sempre, me empurraram para dentro do trem, quando vi estava de frente para um moreno tatuado, acredite se quiser, cheiroso, arrisco Horus da natura,  meus seios encostando no tórax dele, porque óbvio que ele era mais alto que eu,  próxima parada, fiquei estática, não conseguia nem me mexer e fiquei ainda mais colada naquele moreno com cavanhaque sem vergonha, fiz como de costume fechei os olhos porque tenho uma mania feia de prestar atenção na conversa dos outros, então tentei pegar meu fone de ouvido, para me distrair, em vão, não consegui levantar o braço, quem dirá mexer no bolsinho da mochila que eu segurava para baixo. Eu não conseguia me mexer.
Quem anda de trem no Rio de janeiro sabe que às vezes, por motivo nenhum ele fica parado entre uma estação e outra, durante longos minutos. E ali estava eu, durante longos minutos com o corpo colado num desconhecido e pior eu estava gostando, de repente o desconhecido, não sei como ele conseguiu, se mexeu, eu estava sentindo uma protuberância encostando em mim, assustei-me, ele não estava fazendo nenhum movimento brusco, roçando nem nada, era só o volume (e que volume!), não resisti e olhei para ele meio por cima dos óculos e o moreno retribuiu o olhar mordiscando o lábio inferior, acho que qualquer mulher normal teria se ofendido , talvez até gritasse “tarado”, mas eu não, eu estava gostando da brincadeira, e esbocei um sorriso de canto, meio Monalisa. Parece que ele entendeu como um, “prossiga”, o trem ainda estava parado, ele trouxe a mochila dele que estava para o lado do corpo e colocou-a no meio das pernas ao fazer isso ele subiu a mão dele por entre as minhas pernas e começou a me tocar, eu quase dei um pulo de susto, sinceramente não esperava, ele começou com movimentos leves e evoluía, eu estava ficando excitada, mas o rosto não esboçava nenhuma reação, o meu e o dele, às vezes eu bufava, ele entendeu que não era de tédio, dava para sentir que não era e ele continuava e foi ainda mais ousado, afastou a calcinha para o lado e enfiou dois dedos, àquela altura, eu já estava bem molhada, não estava mais raciocinando, então ele parou e quando me dei conta, tínhamos chegado no maracanã, desce muita gente nesta estação. Comportamo-nos, tinha mais espaço no vagão, então eu me posicionei em frente aos bancos e ele ficou do meu lado, não quis ir para trás para ficar roçando, acho que ele queria me ver melhor, sei lá, olhou-me de cima até em baixo, deu aquele sorriso de canto e sacudiu a cabeça, chegando à estação de São Cristóvão, suspirou no meu ouvido,  “- vem comigo” e quase no mesmo momento segurou minha mão e me puxou para fora do vagão, junto com a multidão que desceu, fazer o quê? Eu queria e não consegui esconder, olhei para ele e sorri também sacudindo a cabeça, ele nem dava tempo para eu pensar, andamos juntos em direção à saída, no meio do percurso, ele me puxou pelo braço colocou novamente meu corpo de frente para o dele como estávamos no trem, disse “ – gosto assim” e me beijou, era um daqueles beijos que te deixam meio tonta, o cheiro do perfume dele me extasiava e o gosto de café nos seus lábios eram perfeitos!            
Seguimos para fora da estação, não conhecia aquelas ruas, mas era próximo da quinta Boa Vista, local meio deserto, encostamos em um carro qualquer que estava ali parado. Fiquei rezando para não tocar nenhum alarme! Parecíamos dois adolescentes se beijando em porta de colégio, eu estava nervosa, mas excitada , não sabia o que aconteceria, o que aquele cara que eu acabara de não conhecer queria de mim e pior eu estava aceitando. As mãos dele percorriam meu corpo inteiro não era veloz, era firme e intenso, como se tivesse descobrindo cada parte do meu corpo, beijou meu pescoço e foi meio que escorregando, colocando a mão por debaixo do meu vestido puxou a minha calcinha de uma vez só, me colocou em cima do carro e começou a me chupar, sem rodeios, parecia que ele tava gostando muito de fazer aquilo, como se ele próprio estivesse recebendo a carícia, não conseguia me controlar, estava cravando as unhas nas costas dele e segurando os gritos de prazer que queriam sair, era muita adrenalina envolvida, na rua com medo de passar alguém, eu ali com um estranho e gostando de estar ali sem saber inclusive se estaria viva na próxima hora para contar isto a alguém, e com tudo isso muito prazer envolvido, estava toda molhada, as pernas já bambas ele levantou e já estava com o pau pra fora da calça, um pau lindo diga-se de passagem e pronto é claro! Entendi o que ele queria e eu também queria, trocamos de lugar, não demorou muito, ele estava muito excitado, pediu ofegante que eu parasse e me colocou de novo em cima do carro, com as mãos envolvendo minha nuca e com os lábios bem perto dos meus, me pediu: - posso? Não consegui dizer palavra alguma, acenei afirmativamente com a cabeça, e nos beijamos com as minhas pernas envolvidas em seu corpo e ele me comeu ou eu o comi, sei lá! Sei que estava bom, não queria que acabasse, era uma energia envolvida, que eu jamais tinha vivido, como se déssemos choque, dançamos quase que parados, ele alternava a velocidade, ora forte , ora bem devagar e ora rebolava como que querendo me explorar por dentro. Acho que podíamos ficar ali durante um bom tempo ainda. Mas paramos, ofegantes e satisfeitos, com gostinho de quero mais!
Ele devolveu-me a calcinha e disse: - Só não fico de lembrança, porque... vai que você encontra algum tarado, por aí!, deu um sorriso sem vergonha, e começamos a rir, olhando um no olho do outro, ele: - O que você deve estar pensando de mim? Não faço isso sempre, na verdade é a primeira vez! Ele falava meio nervoso e sacudindo a cabeça, parecia arrependido. Eu o segurei e consegui falar alguma coisa: _ Não foi bom? Eu já estava preocupada de nunca mais encontra-lo, nem sabia se ele ia quere me ver novamente, se ele ia me achar fácil ou sei lá o que, foi a única coisa que eu consegui dizer.
- Você é louca!? Depois do que aconteceu aqui, você ainda pergunta se foi bom? Você sentiu do mesmo jeito que eu senti, diz pra mim!?
- Estou confusa, por favor, seja claro, eu também não sou fácil assim, tenho princípios e família, mas você, Pults, me deu prazer como ninguém até agora havia dado, isso não pode ser de mentira, assim, foi real, foi intenso... Daí eu já percebi que estava tagarelando e parei de falar. Olhei pra ele e disse, fala alguma coisa!?
_ Eu quero te ver sim, muitas vezes se você quiser, faz o seguinte, leva o meu celular, que eu te ligo, pra você me devolver. Ah! E não foge de mim não! Tenho uns arquivos muito importantes neste celular, não gostaria de perder, entende? _ Dei um suspiro e um sorriso, ele me beijou e me apertou de novo em seu corpo, senti que ele já estava pronto de novo.
Ele: - Olha o que você faz comigo! Preciso trabalhar! E suspirou. Eu respondi olhando o relógio: -Nossa! Eu também...


                                                                      Nana Magalhães

terça-feira, 22 de julho de 2014

Se quiser me namorar


Quero me sentir especial
Quero sentir que alguém me acha especial
Quero acordar com um Bom Dia caloroso
Quero abraços quentes
Quero beijos longos
Quero sexo romântico, com todas as preliminares possíveis
Quero alguém que me faça rir
Que se esforce pra isso, até nos dias mais tristes.
Que me elogie
Que tenha interesse no que fiz durante o dia
Que demonstre paixão e amizade
Alguém que não se canse de me conquistar todos os dias
E me surpreenda de vez em quando.
Não peço muito...
É só o que os apaixonados fazem,
 sem saber que estão fazendo.


Nana Magalhães 

domingo, 18 de maio de 2014

O Beijo


O Beijo

O Beijo é a carícia que trocamos no dia a dia
Com amigos, com pessoas que acabamos de conhecer. A carícia universal que doamos com prazer. De diversas formas e significados.
O Beijo na testa e na mão, doamos em respeito a quem está sendo beijado.
Os beijinhos no rosto, doamos a pessoas que nos são apresentadas informalmente.
O Beijo longo no rosto a quem queremos muito bem.
O Beijo no pescoço a quem queremos algo além...
A bitoquinha, doamos a um amigo, ou ente querido.
O beijo de língua, doamos a quem queremos conhecer mais intimamente.
É o beijo dos apaixonados!
Quando um casal se conhece eles se beijam, beijos longos com língua ou sem língua.  O beijo apaixonado é “porta de entrada” para outros carinhos mais íntimos entre um casal, é como bater na porta antes de entrar.
Às vezes, as pessoas estão tão intimas que não se importam mais em pedir para entrar, é muito comum vermos esta atitude entre familiares ou pessoas que se conhecem há muito tempo, elas esquecem de respeitar o espaço do outro, estão tão perto que acham que tem o direito de estar dentro, mesmo sem pedir.
Um conselho aos casais que queiram permanecer juntos, mantendo a mesma paixão do início: Conquistem-se como se fosse sempre a primeira vez, bata na porta, sempre! Beijem-se apaixonadamente!  Por que com certeza haverá mais para conquistar!


                                                         Nana Magalhães 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Reflexões III


Reflexões III

Luto todos os dias
Todo dia um desafio
Às vezes é diferente, mas as vezes é o mesmo
A vontade de querer mais!
De estar certa!
De odiar e de sorrir
De berrar umas coisas e silenciar outras
De ser alguém diferente de mim mesmo
Vontade de ser menos educada...
Peço todos os dias aos meus guias
Não o caminho certo a seguir mais ajuda na caminhada
Não quero um caminho curto ou uma carga mais leve
Quero coragem e disposição para seguir adiante
Que as lutas não me enfraqueçam, encorajam!
Que as decepções do dia a dia não destruam o amor que sinto,
 pelo próximo ou por mim mesma,
que me tragam esperança!

                                   Nana Magalhães 

terça-feira, 4 de março de 2014

REFLEXÕES II

Reflexões II

Pode me achar sem graça, sem sal,
Sem personalidade...
pode até não me dar atenção
Não ligo!
Não vou mudar quem sou para agradar a ninguém
Aprendi a viver neste mundo de selva,
Na verdade aprendo todos os dias,
Que tudo aquilo que nos fazem acreditar está errado,
Que a solidão é ruim.
Que o amor vence barreiras.
Que dinheiro não traz felicidade.
Que pobre é tudo favelado.
E blá,blá, bla...
Nada disso me interessa mais,
tenho outros conceitos, melhores até, acredito,
porque comprovo, serem verdadeiros e não meros ditados.
A solidão não é ruim, mas não é para todos,
porque apenas quando estamos sós é que conseguimos olhar para dentro de nós mesmos.
O problema é o medo do que vamos ver e por isso tantos fogem da solidão.
O amor não vence todas as barreiras.
Nós somos donos do nosso destino,
E devemos escolher que barreiras o nosso amor vai quebrar.
O amor só se mantém vivo entre os seres quando todos os interessados o retribuem com respeito.
Existem muitas pessoas felizes que tem dinheiro em abundância,
A abundância de dinheiro me deixaria imensamente feliz!
Nem todo pobre é “favelado”, mas todo pobre saberá viver numa “favela”
Porque eles aprendem a se virar e a ser feliz com o que tem, não é vergonha ser pobre, aliás, todo pobre é um guerreiro, sobrevivente destas políticas selvagens, favorecedoras de uma minoria.
Me recuso a vestir uma máscara ou uma capa para encarar quem quer que seja.
Se eu tiver de chorar, vou chorar, na rua, na condução, na praça tomando sorvete... não importa!
Não serei falsa ou divertida, para atrair ninguém.
Não vou me vestir diferente para parecer diferente ou modelo para alguém.
Não vou falar sem ter nada pra dizer,
nem calar quando tiver inspirada.
Não vou gritar para ser ouvida.
O que escrevo ou falo é apenas para quem quer ouvir,
Sinto demasiadamente, como todo artista
espero atenção sim, não sou hipócrita em dizer que não,
mas não vou mendigar a sua atenção.
Não pretendo atrair pela minha aparência para depois de algum tempo
Você querer ir embora.
Prefiro atrair por acaso e fazê-lo querer ficar.
Não vou dançar, nem cantar, nem gritar, nem beber pra ser notada,
Serei eu, e só, se não bastar a você, bastará com certeza para alguém,
Mesmo que este alguém seja apenas Eu.

                                                        Nana Magalhães